[SPANISH]
Mi trabajo se basa en la práctica de la resistencia y la longevidad como medio para relacionarnos y comprender el mundo en el que vivimos.
I’ve Got To Tell You Something Now [Tengo Algo Que Contarte Ahora], obra que consta de una película, un objeto y un libro de artista, funciona como un retrato de una acción de resistencia y una apelación a la intención de la memoria y la quietud. Pasé 365 días caminando de arriba a abajo por las montañas de San Gabriel con un trozo de tela, una grabadora de audio, un teléfono celular, una GoPro, hilo de coser y una aguja. El viaje comenzó el primer día en que en Los Ángeles se declaró el encierro obligatorio por el COVID-19. Cada día, durante la caminata, escribía el texto que después cosía a mano al llegar a la cima. Persistir en esta acción diaria fue un ejercicio transformador, tanto mental como físico, así como de exploración de las geografías de los territorios personales y ancestrales.
El último objeto creado para el proyecto es un libro de artista cosido y encuadernado a mano, un ensamblaje de imágenes recopiladas y palabras escritas durante este período de tiempo. Los animo a repensar la naturaleza de nuestros recuerdos durante experiencias traumáticas y a explorar un tiempo y un lugar en particular en silencio. Esta obra es una historia que comienza con la pérdida y avanza, finalmente, hacia la aceptación. Un lugar al que rendirse.
La naturaleza meditativa de las técnicas me permite catalogar y reflexionar sobre mis recuerdos mientras creo. Las pausas en muchas de mis obras brindan espacios metafóricos en los que los espectadores pueden colocar sus propios recuerdos para la observación y la reflexión personal.
Esta exposición cuenta con el generoso apoyo, en parte, del Julius Bernard Kester Trust. Curada por Frida Cano.
ARTISTA
Amanda Maciel Antunes (también conocida como dama) es una artista brasileña radicada en Los Ángeles. Nació y creció en la zona rural del estado de São Paulo, Brasil. Su práctica autodidacta y transdisciplinar fusiona el lenguaje y la performance duracional para crear pinturas, fotografías, escritura, esculturas, sonido, películas y ensamblajes. Trabaja en colaboración con bibliotecas públicas, la naturaleza y los espacios comunitarios, reflexionando sobre la naturaleza selectiva de la memoria, el lenguaje inherente y las referencias antropológicas escritas por mujeres como puntos de partida. Por razones de urgencia política, histórica y cultural, su recorrido artístico apunta a aprender desde el lado del lenguaje que requiere entrar en contacto con la extrañeza de tiempos pasados para sacar a la luz las profundidades internas del presente.
Sus lugares de práctica y estudio incluyen un antiguo refugio militar de la Segunda Guerra Mundial en el este de Los Ángeles, el teatro histórico Sæborg en un fiordo del norte en Islandia, el Teatro Crowley en Marfa, Texas, un territorio de la tribu Dessana en Río Negro en Brasil, el Bosque Nacional de Los Ángeles, el Alto Desierto de California y varias bibliotecas públicas y privadas y colecciones especiales. Su primer libro, titulado Second Birth, fue publicado en la primavera de 2023 por Hexentexte. dama es también bibliotecaria en la Philosophical Research Society en Los Ángeles, donde fundó y presenta cada mes un Grupo de Estudio Surrealista (SSG) centrado en autoras y artistas cuyo propósito es el de crear compromiso comunitario intergeneracional, práctica social y programación artística.
[PORTUGUESE]
Meu trabalho depende da prática de resistência e longevidade como um meio de relacionar e entender o mundo em que vivemos.
I’ve Got To Tell You Something Now [Eu Tenho Que Te Contar Uma Coisa Agora], que consiste em um filme, um objeto e um livro feito à mão, funciona como um retrato de uma ação e um apelo à intenção das minhas memórias e à busca da quietude. Passei 365 dias subindo e descendo as montanhas de San Gabriel com um pedaço de pano, um gravador de áudio, um telefone celular, uma GoPro, linha de costura e uma agulha. Minha jornada começou no primeiro dia do confinamento obrigatório da COVID-19 em Los Angeles. O texto foi escrito durante a caminhada e costurado à mão ao chegar ao cume e eu começava cada dia costurando uma palavra que fosse suficiente. Persistir nessa ação diária foi um exercício mental e físico transformador de explorar as geografias da minha própria história de migração e territórios ancestrais.
O último objeto criado para o projeto é um livro de artista costurado à mão e encadernado, uma montagem de imagens coletadas e palavras escritas durante esse período de tempo. Eu encorajo você a repensar a natureza de nossas memórias durante experiências traumáticas e a explorar um tempo e lugar específicos em silêncio. É uma história que começa com a perda e se move, finalmente, para a aceitação. Um lugar para se render.
A natureza meditativa das técnicas me permite catalogar e refletir sobre minhas memórias enquanto as faço. As pausas nas obras fornecem espaços metafóricos nos quais os espectadores podem colocar suas próprias memórias para observação e reflexão pessoal.
Esta exposição é generosamente apoiada, em parte, pelo The Julius Bernard Kester Trust. Com curadoria de Frida Cano.
ARTISTA
Amanda Maciel Antunes (também conhecida como dama) é uma artista brasileira radicada em Los Angeles. Ela nasceu e foi criada no interior do estado de São Paulo, Brasil. Sua prática autodidática e transdisciplinar mescla linguagem e performance duracional para criar pinturas, fotografia, escrita, escultura, som, filme e montagem. Ela trabalha em colaboração com bibliotecas públicas, natureza e espaços comunitários, refletindo sobre a natureza seletiva da memória, linguagem inerente e referências antropológicas escritas por mulheres como pontos de partida. Por razões de urgência política, histórica e cultural, sua jornada artística visa aprender com o lado da linguagem que requer entrar em contato com a falta de familiaridade dos tempos passados para trazer à tona as profundezas interiores do presente.
Seus locais de prática e estudo incluem um antigo abrigo militar da Segunda Guerra Mundial, o teatro histórico Sæborg em um fiorde ao norte, Islândia, o Teatro Crowley em Marfa, Texas, um território da Tribo Dessana em Rio Negro, Brasil, a Floresta Nacional de Los Angeles, o Alto Deserto da Califórnia e várias bibliotecas públicas e privadas e coleções especiais. Seu primeiro livro intitulado Segundo Nascimento foi publicado na primavera de 2023 pela Hexentexte. Ela também é bibliotecária na Philosophical Research Society em Los Angeles, onde fundou e dirige um Surrealist Study Group (SSG) mensal com foco em mulheres autoras e artistas, criando engajamento comunitário intergeracional, prática social e programação artística.